Conversa com Jonathan Uliel Saldanha
Aula Magna da FBAUP
18 de Dezembro de 2024, às 17 horas
A partir de alguns dos seus trabalhos, serão exploradas as temáticas recorrentes da sua prática artística. A conversa abordará processos mutáveis que interseccionam corpo, linguagem e ambiente, integrando elementos dramáticos e tecnológicos. Com a exibição de vídeos e a escuta de peças sonoras, será aprofundada a dinâmica entre sistemas humanos e não-humanos, revelando as relações que emergem nesse território híbrido.
Jonathan Uliel Saldanha é compositor, artista visual e encenador, cujo trabalho explora temas como a pré-linguagem, a cibernética, o animismo e ambientes especulativos. Através do som, da performance e da instalação, cria experiências imersivas que investigam as relações entre sistemas humanos e não-humanos, tecnologia e mito.
Entre 2020 e 2022, como artista associado do Teatro Municipal do Porto, apresentou obras como Red Mercury, Lithium Faust e Libidinal Lake. Em 2019, estreou a peça vocal e escultórica Scotoma Cintilante / Dysmorphia na BoCA Bienal. As suas exposições deste período incluem Plague Vector (Braga), Locus Horribilis (Galeria Solar) e Behemoth Republic (Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas). Entre 2016 e 2018, Saldanha apresentou projetos como Vocoder & Camouflage, O Poço, Oxidation Machine e a peça/filme SØMA em espaços como o Palais de Tokyo, a Bienal Anozero e a Culturgest. No início da sua carreira, co-curou SONORES para Guimarães Capital Europeia da Cultura em 2012 e criou obras cénicas como Nyarlathotep e Jungle Machine. Saldanha é fundador da SOOPA, um coletivo sediado no Porto, dedicado a performances experimentais e concertos desde 1999. Lidera também os projetos musicais HHY & The Macumbas e HHY & The Kampala Unit. A sua música foi apresentada em festivais como Unsound, Sónar e Primavera Sound, e editada por editoras como Nyege Nyege, Tzadik e House of Mythology. O seu filme-ensaio Mundo de Cristal, Máquina da Selva foi publicado pelo Museu de Serralves, e as suas colaborações com a editora Nyege Nyege desde 2018 refletem o seu contínuo envolvimento com diálogos musicais globais. Saldanha é representado pela Galeria Duarte Sequeira.