O SABOR DO CINEMA: MOMENTO XXIII
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FILME DE SAMUEL BECKETT, 20′, 1965, USA O MEU CASO DE MANOEL DE OLIVEIRA, 92′, 1986, França/Portugal Única experiência fílmica de Beckett – que para ela recorre ao Buster Keaton, o cómico que nunca sorria – FILM apresenta-se como um ensaio sobre o terror de ser visto e de ver, explorando com grande mestria a arte do desapontamento. Filme-manifesto do mestre Manoel de Oliveira acerca das relações entre teatro e cinema, a partir da peça homónima de José Régio, de fragmentos de Beckett e do «Livro de Job», O MEU CASO consegue ser também um balanço pessoal, um grito de denúncia da destruição do homem pelo homem, uma meditação sobre as relações do homem com Deus, um ensaio sobre o enquadramento e a profundidade de campo, um contributo para uma teoria da representação, uma reflexão sobre o som no cinema, etc. etc. etc. Golpe de mestre e golpe de misericórdia. |
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