A publicidade e a Comunicação
Tanto na área das artes, como em qualquer outra área, a chamada ‘publicidade’ é muito importante para os dias de hoje, esta considerada também um audiovisual, surgiu já no final do século XVIII, após a revolução francesa. Com o objectivo de fazer propaganda, qualquer que fosse o produto, ou serviço a ser vendido. No caso das artes, utilizamos este serviço para dar a conhecer o nosso trabalho, divulgar exposições, publicações, eventos, ect. No entanto este audiovisual pode até funcionar como um meio do próprio trabalho artístico, um meio na qual a comunicação é o ponto central.
Na nossa sociedade nunca houve uma numerosa e excessiva quantidade de imagens e mensagens publicitárias, influenciando comportamentos e transformando as relações humanas por meio do consumo. Diante disso, campanhas as publicitárias encontraram um diferencial pela singular actuação de diferentes expressões artísticas, como música, pintura, teatro, cinema, e até o circo, que estimulam a imaginação de espectador, visto pela semiótica como o fazer – querer. Seduzem-no, por intermédio das emoções, dos sentimentos, da irrealidade do sonho, revestindo produtos e serviços como propriedades capazes de suplantar faltas geradas sociedade. Provocam-no a adentrar na realidade da pesquisa (no caso especifico do analista) que, livre das emoções, dos estados de alma e valores passionais, entrega-se à ciência de desconstrução da significação, valendo-se, para tanto, de um instrumental teórico-metodológico.
Devido a constantes indagações relacionadas á aproximação tênue do discurso publicitário ao encontro da Arte, consequência da frequente apreciação e produção de peças publicitárias, entendemos que soluções criativas tanto na expressão como no conteúdo da mensagem conterem ao discurso. Publicitário qualidade artística que ultrapassa as funções de informar (fazer-saber) qualidades sobre atributos dos produtos e serviços, a fim de promover a venda.
Nesse prisma, alinhados aos autores Luiz Celso de Piratininga e Jonh Berger, percebemos que a publicidade deixa de estar apenas condicionada a um inventário de regras, formuladas para produzir uma ‘boa propaganda’, para tornar-se uma criação artística que procura expressão em diversas formas, cores, sons, movimentos, falas e texturas, que se unem em manifestações sincréticas de beleza e sintonia do talento e da genialidade, dignas de serem consideradas como um verdadeira fenómeno estético, pois segundo D’ÁVILA, em explanações em sala de aula, a criação e da transpiração.
Não podemos nos esquecer, porém, que para avaliar os termos ‘verdadeiro’, ‘fenomeno’ e estético, precisamos dominar um ‘inventário de regras’. Sem elas não se poderá jamais confrontar ideias ou instruir preceitos.
Esta comunicação é suporte da vida na sociedade, creio que nenhum grupo poderia sobreviver se não existisse uma troca de comunicações entre os seus elementos. Para que haja a ideia de comunicação é preciso, no mínimo, duas pessoas, por exemplo, uma conversa por telemóvel, a que fala é o emissor e a que escuta é o receptor, o que se diz é a mensagem entre elas, o telefone é o meio e o código utilizado é a língua portuguesa, se for esse o caso.
Do mesmo modo que a ferramenta é, de algum modo, o prolongamento da mão ou, até mesmo a ‘terceira mão’, os media são também o prolongamento dos sentidos. Foi sobretudo através do emissor e do receptor, que a comunicação fez os processos que conhecemos hoje em dia, alcançando a sua actual importância. Se assim tal não tivesse acontecido, acontecia como na pré-história, onde o número limitado de casas permitia que falando em voz alta, qualquer pessoa pudesse ser ouvida por todos os outros habitantes. Os processos registados no sentido de conseguir comunicar, a uma distância cada vez maior, foram muito numerosos, passando primeiro pelo estafeta encarregado de transmitir curtas mensagens verbais, sobretudo pelos sinais de fumo. Entretanto, a descoberta da escrita veio dar um grande impulso, originando o transporte de mensagens verbais, por vários estafetas, por pombos-correio, etc.
Tal como a afirmação de Marshall Meluchan ‘The médium is the message’ é bem significativa á importância dos media e veio revolucionar o conceito moderno da comunicação. O conhecimento profundo dos ‘media’ é uma das especializações da comunicação. A nomenclatura adotada é variada, pois também são designados por veículos, meios, suportes ou instrumentos de comunicação. A forma de catalogar, também não é uniforme e varia muitas vezes segunda a técnica utilizada. Assim, em publicidade, dividem-se normalmente em ‘media’ e ‘massimedia’ ou ainda em meios gráficos, auditivos, visuais, audiovisuais e subsidiários. Em propaganda atende-se sobretudo ao de impacto que dão ás mensagens. Em relações publicas é corrente a divisão em meios de comunicação não empresas individuais e de massas.
Quanto às ‘orais’, todos os que são captados pelo ouvido, como a entrevista, o discurso, o boato, a canção, o telefone, o radio. Já nas visuais, como o seu nome indica, os que são captados pela visão, por exemplo, o panfleto, o cartaz, a carta, o livro, a revista, o jornal. No entanto, os audiovisuais são apreendidos simultaneamente pela vista e pelo ouvido, como o filme, o vídeo, o diapositivo e a televisão. Finalmente, as manifestações públicas, como as exposições, os concursos, provas desportivas, festas, desfiles, reuniões, são estes os principais suportes utilizados nas técnicas de comunicação.
A publicidade surgiu após a comunicação, podemos definir a publicidade como a técnica que tem por objectivo dar a conhecer um produto ou um serviço, estimulando o interesse por ele, com o fim de o vender.