Para a disciplina de Som e Imagem escolhi como objecto de estudo o filme “2001 – Odisseia no espaço” de Stanley Kubrick. Esta obra-prima de Kubrick revela, de certa forma, os mistérios da condição humana. Desde o aparecimento da consciência, ao domínio técnico das ferramentas e mesmo ao rumo que tomámos enquanto seres humanos. Tudo isto nos é dado como enredo, como as questões centrais do filme. No fundo, mesmo depois de ver o filme, a dúvida perdura: Quem somos, de onde vimos, para onde vamos?

Esta obra-prima da ficção ciêntifica realizada em 1968 tenta trazer à mente do espectador as mais grandiosas questões da Humanidade. Embora muita gente o considere um génio, Kubrick apenas se limitou às questões próprias levantadas pela Ciência na época. “2001 – Odisseia no Espaço” tornou-se um clássico, mas à parte das pertinentes questões que levanta, é a relação entre o som e a imagem que lhe confere a mais do que reconhecida força argumentativa que sustenta a sua grandiosidade. A genialidade deste filme não reside no conhecimento ciêntifico que contém, mas sim nas capacidades de Kubrick como realizador cinematográfico. Daí que, o termo ficção cientifica se lhe aplique muito bem. È assim – tentando retirar o significado de ordem mais espirutual que este filme possa eventualmente conter, que parto para uma análise cuidada da relação entre som e imagem, relacionando com os textos de Michel Chion e Laurent Jullier para uma análise mais objectiva das situações e suas intensões, e tentando perceber o que Gene Youngblood tenta dizer com “2001: The new nostalgia”. Em “expanded cinema” o autor parece apontar alguns erros cinematográficos e mesmo conceptuais.Neste sentido, também será pertinente tentar perceber de que forma este filme estará mais ligado às artes plásticas do que ao habitual mercado Hollywoodesco. Para esta análise, é necessário ter em conta a especificidade de cada cena, que artificios foram utilizados e com que propósito, para então perceber qual o seu papel na leitura do total.

BIBLIOGRAFIA:

JULLIER, Laurent, El sonido en el cine, Barcelona, Editorial Paidós, 2007 (Le son au cinéma, Paris, Cahiers du cinéma, 2006).

YOUNGBLOOD, Gene (1970), Expanded cinema, New York, E.P.Dutton & Co.

CHION, Michel (1990), Audio-vision, Paris, Éditions Nathan (trad. e edi. ingl. de Claudia Gorbman, Audio-vision: sound on screen, New York: Columbia University Press, 1994).

CHION, Michel ,The Voice in Cinema


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