HIT SOUNDS

Neste trabalho pretendo debruçar-me sobre a utilização do som nos filmes de Alfred Hitchcock e a utilização do som ao longo dos anos, em parceria com a narrativa, que se foi tornando cada vez mais importante. O desenvolvimento do aparelho auditivo é notório pela adaptação ao longo dos tempos, desde a sua primeira utilização através de bandas em uníssono com o filme, ao Vitaphone, até ao aparecimento do digital que veio abrir portas para a utilização do som. Esta actualização pertinente e progressiva fez com que hoje em dia se tenha tornado um elemento indispensável para qualquer filme que deseje ter êxito. O seu modo de utilização varia de realizador para realizador, de filme para filme. Temos como dois exemplos opostos o caso de João César Monteiro com o seu filme Branca de Neve, onde é apresentada a total ausência de imagem sendo todo a acção narrada, e Spielberg com o seu filme Shark onde este realizador constrói o suspense através do som e da música. Já Alfred Hitchcock trabalha o som de uma maneira diferente. Este realizador trata o som como um elemento aditivo. Pretende que toda a narrativa se apresente através da acção e das personagens, utilizando o som apenas para enfatizar ou evidenciar a acção. Temos como exemplo o seu filme Vertigo, onde a personagem está a subir a torre e, ao olhar para baixo, vê-se mais longe do chão do que a realidade devido às suas vertigens. Nesta cena, o realizador evidencia esse efeito de altura através da imagem, aprofundando o plano e utiliza o som para enfatizar o medo, numa tentativa de integrar o espectador no filme. Através da análise de vários filmes de Alfred Hitchcock pretendo demonstrar a forma como este realizador, em oposto a muitos outros, utiliza o som. Partindo deste realizador como base de referência, o propósito será analisar a contribuição plástica do som na narração e promoção de emoções. Irei também abordar a obra de outros realizadores, tendo em conta abordagens semelhantes e diversas, ou mesmo opostas, tendo em conta esta problemática inerente à acção através de objectos sonoros.

Esta primeira abordagem teve como objecto de análise e pesquisa a seguinte bibliografia:

GRILO, João Mário. “As lições do Cinema. Manual de Filmologia”. Lisboa: Edições Colibri, 2007.

JULLIER, Laurent. “El sonido en el cine”. Barcelona: Editorial Paidós, 2007

Ana Raquel Cosme Costeira, lap 06015.


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