Som e imagem, comunicação com o oculto

Desde muito cedo que o som e a imagem servem de recurso a uma tentativa de comunicação com o oculto. Neste contexto esotérico são matérias frequentes ao longo de muitos séculos, pela sua imaterialidade e, paradoxalmente, pela sua tentativa de materializar fenómenos. O oculto, aqui discutido, tenta explorar realidades pouco claras e ambíguas.

Em tempos primitivos, por exemplo, os rituais espirituais eram acompanhados por iconografias especificas, por cantos, gritos, instrumentos básicos, danças, entre outros. Criando um ambiente místico, proporcionando comunicações com algo que seria extraordinário, esta aura comum entre as comunidades/tribos eram geradas sobretudo pela sonoplastia, como se este oferecesse-se uma espécie de transe. Estes rituais não estão distantes da nossa realidade, se aceitarmos cânticos religiosos, cristãos, islâmicos  judaicos, ou ainda num passado mais curto que a época primitiva, cantos gregorianos, como forma de comunicação com algo superior e excedível a nós, criaturas humanas. (“Cantar é rezar duas vezes” Santo Agostinho). Os cantos tornam-se a alma da comunidade aproximando-se da realidade celestial pela sua imaterialidade.O recurso à imagem dá-se sobretudo por iconografias, objectos ou esquemas.

Vejamos que, o oculto não está apenas dentro dos moldes das várias religiões. O oculto, aqui discutido pretende explorar várias realidades, que muitas vezes geram polémicos debates pela sua fragilidade. O som e a imagem conectados ao oculto podem surgir,por exemplo, em casos de avistamento de objectos não identificados. Existem inúmeros casos, recorrendo sobretudo à imagem, que tentam  explorar e validar estas experiências extra terrestre. Neste contexto de validação de veracidade dos factos, a ciência é um factor recorrente para assegurar a credibilidade dos acontecimentos. 

Presentemente explora-se o som e a imagem que aliados à tecnologia potenciam várias ferramentas que  comunicam com planos espirituais. A esta matéria dá-se o nome de Transcomunicação instrumental  que pretende estudar a  comunicação entre vivos e mortos através de aparelhos electrónicos como a rádio, televisão, telefone ou computador sustentados através da telemática. Com o brutal desenvolvimento tecnológico, surgem cada vez mais ferramentas que possibilitam a exploração de outras realidades paralelas à que nos encontramos. Estranhamente estuda-se hoje, fenómenos inseridos no nosso dia-a-dia, como telefonemas de pessoas já falecidas, ou, num contexto cientifico, actividades cerebrais no momento de comunicações com o plano espiritual, de forma a comprovar se é parte imaginativa activada do cérebro ou outra. A ciência, como à pouco referi, serve muitas vezes como um meio de validação de acontecimentos. Contudo existem casos de investigação policial e judicial que recorre a meios pouco ortodoxos. Sem haver uma explicação e provação cientifica para estes meios, são ferramentas úteis para explorar casos de uma outra perspectiva. Para mim, é interessante esta ponte para o som e a imagem comunicando de alguma forma com factos paranormais e como se aplicam na nossa sociedade. Por exemplo no cinema, a aplicação destes estranhos telefonemas são descritos de outra forma por Woddy Allen em ‘ Um misterioso assassinato em Manhattah’. Mostra Larry Lipton a manipular diversos gravadores com trechos de vozes pré- gravados montando-os para simular conversas com outra pessoal no telefone.

O trabalho que pretendo desenvolver foca-se na procura de ferramentas audiovisuais que exploram realidades paranormais. Pela invenção de aparelhos (como o SPIRICOM que comunica com planos espirituais, criado na década de 70/80 por uma equipa de norte americanos chefiada por George W. Meek) ou pela utilização de tecnologias como o computador ou telemóveis e de que forma implicam no dia-a-dia.

 

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