O cérebro percepciona o som estabelecendo uma relação directa com o que pensa ser a sua origem. A ilusão é também rapidamente atribuída ao mundo imagético, fazendo-nos esquecer a capacidade que o som tem de nos pregar partidas na tentativa de construção de uma determinada realidade ou ambiente.
A introdução do som no cinema, atribuída à primeira sincronização entre diálogos e canções no filme de 1927, The Jazz Singer, deram-se os primeiros passos para naquele que se viria a tornar o método de Foley.
Numa primeira instância apenas se mostrou possível a gravação de diálogos devido à capacidade dos microfones da época, mas uma necessidade de maior realismo levou a equipa a gravar numa só faixa o resto dos sons, sincronizando-os com a projecção do filme.
A arte de produzir efeitos sonoros introduziu-se primeiramente no mundo do espectáculo, dando os seus primeiros passos na Antiga Grécia, e do século XVII existem registos de que nas Óperas existiam alguns mecanismos mais complexos de produção de som.
Os métodos que Jack Donovan Foley desenvolveu ao longo da sua vida são ainda hoje utilizados e deram origem a termos como Foley-stage ou Foley-studio.
O método de Foley progrediu tecnologicamente e actualmente os sons não necessitam de ser gravados de uma só vez. Estes podem ser capturados separadamente e mais tarde sincronizados com a imagem, utilizando os seus inúmeros utensílios que recriam os diferentes ambientes sonoros.
A saga Star Wars e a triologia do Senhor dos Anéis são apenas dois exemplos em que a utilização destes efeitos é bastante marcada, talvez porque, ao falar de mundos ficcionais, é mais complexa e criativa a procura de uma realidade sonora.
Para mim afigura-se antagónica a necessidade de simular algo que é intrínseco a uma realidade, que marca o seu tempo e movimento. No entanto a história dos efeitos sonoros tem muito para contar e considero importante por um lado relevar os métodos que prendem o espectador à imagem cinematográfica, e por outro lado se formam na busca de uma realidade sonoro que ultrapassa um real que parece não ser suficiente.
THE ART OF SOUND EFFECTS
Brunelle, Ray; 1999; Rumblestiltskin Sound FX Design
http://web.archive.org/web/20031203095914/http://www.windworld.com/emi/articles/soundeffects.htm
5 Ridiculous Origins of Movie Sound Effects
http://www.cracked.com/article_19639_5-ridiculous-origins-movie-sound-effects_p2.html
LOTR2 TT Sound Design part 1