A invisibilidade do Som
O som tanto pode servir como figurante ou como protagonista de uma cena no quotidiano. O mais frequente é irmos buscar ao som informação adicional para compreendermos um estímulo/objecto visual, por exemplo, assistirmos a um programa televisivo, o som e a imagem estão sincronizados e ambos ajudam à interpretação de uma coisa só, são concretos. A linguagem também é uma forma comum de associação directa entre som e imagem, sendo um código específico e de fácil identificação que, descodificado, leva a uma mensagem descritiva e ilustrativa, leva a uma imagem. A estes factos chamamos de audição causal e audição semântica. Mas, quando se passa para o nível de audição reduzida, o foco encontra-se nos traços do som em si mesmo, independentemente da sua causa ou significado, torna-se abstracto e imperceptível numa primeira instância. Tendo estas relações como ponto de partida, irei analisar a interacção entre o som e as artes visuais, as suas percepções temporais no espaço e a acústica deste. Irei focar-me em exemplos direccionados para a Arte Sonora, o Cinema, a Televisão e a Música, encontrar os pontos de invisibilidade possíveis ao som, nos dias de hoje.
Bibliografia:
Chion,Michel, ”The three listening modes”;
Licht, “What is Sound Art?”;
Almeida, Ana, “O universo dos sons nas Artes Plásticas”;