Slide 35 mm, 2013
Grotto (Jura), 2014
Tinta da china sobre papel, 150×190 cm
Para a exposição ‘Apesar de tudo ainda se fodia’, nos Maus Hábitos, no Porto, com André Cepeda, Arlindo Silva, Carla Cruz, Carla Filipe, Cristina Mateus, Eduardo Matos, João Marçal, Mafalda Santos, Mauro Cerqueira, Pedro Magalhães, Sónia Neves, Vera Mota
Curadoria do Miguel von Hafe Pérez para o projecto Expedição
(foto dos expedicionários)
Preparando a minha peça para a exposição “A riqueza múltipla e multiplicadora da ambiguidade”, no Espaço Mira, no Porto (inauguração a 11 de Janeiro) / Preparing my piece for the exhibition “A riqueza múltipla e multiplicadora da ambiguidade”, at Espaço Mira, Porto.
Grotta dello Smeraldo, 2014, projecção de slide.
Sala do Senado da Universidade de Coimbra.
de 19 de Dezembro de 2013 a 30 de Março de 2014.
Fragmentos de uma colecção | 55 anos do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra.
O Andy Warhol e a Ana Luísa no lugar do Marquês de Pombal.
A peça devia estar no chão, encostada à parede, e faltam certamente estas legendas, à esquerda e à direita da fotografia… .mas também gosto de a ver assim…
All Media are Living Dead
(A arte dos media nunca existiu)
[havia um sub-título mais ou menos secreto escondido no título original…]
A propósito da minha intervenção desta tarde no Goethe Institut, em Lisboa, <http://www.cecl.com.pt/pt/programa>, fica aqui a última imagem que projectei, como pano de fundo para o seguinte:
[…]
Muito se falou ao longo das últimas décadas de uma arte dos media. No entanto, não há como acordar do seu sono profundo uma coisa que na verdade talvez nunca tenha existido. Sempre me pareceu redundante o termo media art, desde logo porque este não pode deixar de convocar o seu negativo, isto é, uma arte que não seja dos media ou uma non-media art.
Sempre que penso neste problema lembro-me da exposição Light Art Art from Artificial Light, que vi no ZKM de Karlsruhe, em 2006.
Light Art Art from Artificial Light ocupava grande parte do ZKM, transformado num Luna Park feérico de cores e frequências de luz. Ainda hoje me recordo do calor insuportável de algumas salas. Na exposição, com o habitual sentido enciclopédico da equipa de curadores do ZKM, tínhamos uma amostra de boa parte das peças mais importantes da arte moderna e contemporânea que algum dia incorporaram lâmpadas ou dispositivos de iluminação artificial de qualquer tipo.
O resultado era uma amálgama niveladora em que poucas obras sobreviviam, em grande parte reduzidas às entradas do útil glossário compilado por Franziska Herzog, conservadora do ZKM .
Com efeito, já nada distinguia umas peças das outras, ainda para mais agrupadas no espaço do ZKM por tipologias.: peças com lâmpadas incandescentes, peças com lâmpadas de néon branco, peças com néons coloridos, etc…
Falta-me o tempo para desenvolver um pouco mais este argumento e queria pois terminar lembrando que pensar que exista ou tenha existido uma arte dos media é esquecer que a arte nunca foi outra coisa, é esquecer que a arte nunca viveu sem os seus media, esses zombies desamparados e párias que recusam qualquer categorização….
Mais um resumo/One more abstract (uf!)
No dia 28 de Novembro irei participar no colóquio CULTURAL TECHNOLOGIES AND MEDIA ARTS | in memoriam Friedrich Kittler, em Lisboa
http://www.cecl.com.pt/pt/culturaltech
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All Media are Living Dead
Do ponto de vista da prática artística, a figura do zombie talvez seja a mais adequada para pensarmos o estatuto dos media. Na verdade, para os artistas todos os media são mortos-vivos, habitando um limbo que anula qualquer ideia de um antes e de um depois, de um novo e de um velho, restando apenas um aqui e agora da sua actualidade, uma espécie de désoeuvrement operativo que os resgata tanto da penumbra do túmulo como da luz do pedestal.
Muito se falou ao longo das últimas décadas de uma arte dos media. No entanto, não há como acordar do seu sono profundo uma coisa que na verdade talvez nunca tenha existido. Pensar que exista ou tenha existido uma arte dos media é esquecer que a arte nunca foi outra coisa, é esquecer que a arte nunca viveu sem os seus media, esses zombies desamparados e párias que recusam qualquer categorização….
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All Media are Living Dead
From the point of view of artistic practice, the zombie is perhaps the most appropriate figure to think about the status of the media. In fact, for artists all media are living dead, inhabiting a limbo which denies any idea of before and after, of new and old, keeping only the here-and-now of their topicality, a sort of operative désoeuvrement which recalls both the gloom of the grave as the light of the pedestal.
Much has been said over the last decades about media art. However, there is no way to wake up from its deep sleep something that perhaps never existed. To think that there is or has been a media art is to forget that art has never been something else, is to forget that art ever lived without their media, those helpless and outcasts zombies who refuse any categorization ….
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