Duplo Forró

Duplo Forró, 2016
Mesas de bilhar, bolas em suspensão e som directo da cozinha.
Uma só noite no Café Ceuta, no Porto.
O resultado da residência de uma semana no Café Ceuta (Projecto ‘Regime de meia-pensão’, da Mezzanine), a convite da Ana Rocha e da Marta Bernardes.

Agradecimentos:
À Ana Rocha pela produção e acompanhamento gastronómico, e por tudo o resto.
A toda a equipa do Café Ceuta.
À Sonoscopia e  ao Gustavo Costa
Um agradecimento especial ao João Ricardo pela ajuda preciosa na montagem do sistema de captação de som.

Double Forró, 2016
Billiard tables, suspended balls and direct sound from the café’s kitchen.
A one night stand at Café Ceuta, Porto, Portugal.
The result of a one-week residency at Café Ceuta (Project ”Regime de meia-pensão’, by Mezzanine), curated by Ana Rocha and Marta Bernardes.

Thanks  to:
Ana Rocha for the production and gastronomic support, and all the rest.
The Café Ceuta’s  team
Sonoscopia and Gustavo Costa
Special thanks to João Ricardo for the precious help in assembling the sound system.

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cozinha

O olho e a língua: o passado futuro das imagens

Na próxima 4ª feira estarei em Lisboa, no CCB, a convite do José Bragança de Miranda e da Lusófona, para falar da relação entre o olho e a língua e do passado futuro das imagens.

O olho e a língua: o passado futuro das imagens
Quarta-feira, 06 de Abril às 18h no Auditório do Museu Colecção Berardo – Entrada Livre

Resumo da Conferência: 

Há na relação entre as imagens e as palavras qualquer coisa que esquecemos e que vem dessa ligação física e directa entre o olho e a língua. É talvez isso que se sente nos olhos que se fecham quando gritamos ou na mudez que nos invade quando uma imagem nos captura.

Sabemos como a psicanálise se funda na palavra, no poder arqueológico da linguagem, num processo gradual de passagem do somático ao semântico.  Sabemos também do poder mais ou menos selvagem das imagens e do modo como tantas vezes usamos as palavras como um instrumento para a sua domesticação. Mas haverá, como se diz, algo que torna as imagens irredutíveis a à palavra? Ou será que na verdade são as imagens que nos falam, numa outra língua?

Houve um tempo em que as imagens foram raras e exclusivas, houve depois um tempo em que inventámos máquinas e alquimias que multiplicaram as imagens, e há agora um tempo em que as imagens se tornaram omnívoras, impondo-se como veículos primeiros e quase automáticos de expressão, alimentando um imenso arquivo que cresce sem aparente fim ou finalidade. Como reconhecer então a essas imagens, sugadas pelo arquivo e pelos bits da informação numérica,  algo mais do que um sentido arqueológico? Como ver nas imagens um passado futuro, uma futorologia capaz de inquirir o que há-de vir, quase como se ver uma imagem fosse ouvir um oráculo?

cartaz_VI ciclo conferencias ECATI_MCB_2016-01 (3)

Asprela

Ontem, no Passos Manuel, apresentei o livro Asprela, das Scopio Editions, com fotografias de António Rodrigues, João Leal, José Maçãs de Carvalho, Olívia da Silva, Rita Castro Neves e Sérgio Rolando, e edição do Pedro Leão Neto e da Olívia da Silva.

Gosto de pensar que podemos falar com imagens tanto quanto podemos falar de imagens, e comecei por isso a minha apresentação com esta fotografia de 1962, uma vista aérea da zona do Hospital de São João e Cemitério de Paranhos, destacando-se os campos de lavoura à sua volta. O Hospital tinha sido inaugurado três anos antes, em 1959, e esse território era já um lugar  fora do lugar, um autêntico laboratório heterotópico…

terrenos das traseiras do hospital escolar 1962