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Ao caminharmos sozinhos pelos trilhos, que levam por vezes nomes misteriosos, lembrando velhos usos e histórias, acabámos a falar sozinhos ou a ouvir vozes. Ninguém me convence que as montanhas não são habitadas por fantasmas. A um ritmo que é o seu, lento e inesperado, esses fantasmas falam ou deixam-nos pistas. Podem ser animais, pedras ou plantas. A seu modo todos falam. No entanto, nem sempre é fácil falar ou entender a sua língua. Há uma aprendizagem e isso precisa de tempo.
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