Há dois ou três dias li uma notícia sobre uma quadrilha de burlões que vendia máquinas de avivar a memória a octogenários endinheirados. As máquinas, vendidas a preços que iam dos 400 aos 5000 euros, eram simples câmaras vídeo de marca branca, com um autocolante a dizer Sony. Esta nova tecnologia japonesa permitia recordar no dia-a-dia tudo aquilo que se tinha esquecido, incluindo nomes, rostos ou objectos. Bastava andar todo o dia com essa máquina de avivar a memória, apontando-a àquilo que não se queria esquecer. Sendo necessário recordar alguma coisa era suficiente carregar num botão ( imagino que fosse o play) e tudo regressaria, como que por magia, do esquecimento.